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Os fenômenos de mortes aparentes na visão Espírita



Olá, queridos leitores!

Ao perceber que mesmo após eu ter ficado pouco mais de 2 anos sem escrever para vocês, o número de visitantes acabou dobrando e isso me incentivou a continuar o trabalho de divulgação do conhecimento espírita.

E para iniciar essa nova etapa com chave de ouro, trago para vocês um estudo que fiz em uma das minhas palestras sobre os fenômenos das mortes aparentes.

Quem de nós nunca ouviu falar em pessoas que pareciam estar mortas, mas foram enterradas vivas, não é mesmo? Sabia que isso sempre ocorreu com frequência entre diversos povos e em todas as épocas da humanidade?

Quando uma pessoa se livra de alguma enrascada, é comum usarmos a expressão:

- O fulano foi salvo pelo gongo!

Mas onde e por que surgiu essa expressão?



É costume nos túmulos públicos dos cemitérios que os restos mortais de um indivíduo sejam retirados após 5 anos (aproximadamente) de estada, a fim de dar lugar a novos corpos.

Na Inglaterra da Idade Média, era comum os coveiros (ao desenterrarem os cadáveres antigos) identificarem arranhões nas laterais internas e no teto dos caixões, além das ossadas estarem em posições diferentes em relação a posição em que os corpos eram colocados nos caixões.

Pensando numa maneira de remediar essa situação, no século XVII, os ingleses inventaram um sistema de alarme que consistia em amarrar uma corda no braço do cadáver e a outra ponta da corda era amarrada num sino (gongo) que ficava para fora da sepultura. Com isso, caso a pessoa “voltasse à vida”, ela iria puxar a corda, o sino iria tocar e o coveiro iria conseguir desenterrá-la em tempo.

Ah! Mais uma coisa... Nos dias de hoje quando alguém morre, temos o costume de fazer um velório antes de enterrar a pessoa, né?

Entretanto, você sabe por que fazemos isso? Por que não enterramos logo a pessoa?

Embora muitos de nós usamos esse momento para nos despedir daqueles que passaram para a outra vida, os motivos que originaram a criação do velório são outros!

Também na Idade Média, os copos e os pratos eram feitos de estanho. Ao colocar bebidas alcoólicas nos copos, ocorria um processo de oxidação, alterando a composição química da bebida.

Quando ingerida, essa mistura produzia um fenômeno chamado Narcolepsia. A Narcolepsia é um condição neurológica que no seu estágio mais avançado, faz com que a pessoa entre num estado de sono profundo, fazendo-a parecer morta por conta da redução dos sinais vitais.

Com isso, os parentes do “morto” colocavam o corpo sobre a mesa da cozinha e ficavam aguardando por horas na esperança que a pessoa despertasse. Como essas situações, geralmente, ocorriam à noite e a energia elétrica ainda não havia sido inventada, o ambiente era iluminado pela luz das velas e é por esse motivo que o ato de “velar por uma pessoa” se chama velório.

É importante dizer que nos dias de hoje, a Medicina reconhece o falecimento de uma pessoa apenas quando há morte encefálica. Contudo, o Eletroencefalograma (criado por Hans Berger em 1929) usado pelos médicos como um dos métodos para identificar se houve ou não a morte cerebral, ainda não havia sido inventado na Idade Média, quem dirá na época de Jesus (quem estudar a obra “A Gênese” irá entender essas entrelinhas sobre o Mestre Nazareno)!

Bom, agora que nós conhecemos algumas curiosidades sobre alguns fenômenos de morte aparente, assim como a origem de alguns costumes e algumas expressões, partindo do princípio que a Doutrina Espírita se propõe a estudar os fenômenos da vida e da morte, como podemos entender essas situações?

Pegue lá o seu Livro dos Espíritos e vamos ao estudo!

No capítulo VIII que trata dos fenônemos de emancipação da Alma em relação ao corpo físico, o nosso digníssimo pesquisador Allan Kardec, perguntou aos Espíritos Superiores nas questões 422, 422-a, 423 e 424, sobre todos os processos que ocorrem nesses tipos de fenômenos.

De acordo com as respostas dos Espíritos, quando uma pessoa está num estágio de morte aparente, ela pode apresentar dois tipos de fenômenos:

1- Letargia: É um estado patológico de inconsciência, bastante semelhante ao sono profundo. Em alguns casos, pode chegar até 8 dias.
2- Catalepsia: Diferente da letargia, a pessoa sofre uma paralisia geral de todos os músculos, ficando impossibilitada de se mover ou mesmo falar.

Em ambos os casos, o Espírito está consciente e a pessoa continua viva, porém não pode se comunicar, pois o sistema nervoso bloqueia todas as tentativas de comunicação da Alma.

O Espiritismo ensina algum meio para romper esse bloqueio e fazer com que a pessoa possa voltar ao normal?

Sim, através do Magnetismo!

Quando um magnetizador experimentado realiza um Passe, uma vez que o fluido magnético emitido por ele atua sobre o sistema nervoso de quem o recebe, o bloqueio é removido, restabelecendo a comunicação da Alma com o seu corpo físico.

Portanto, conforme disse Kardec certa vez:

“O Espiritismo e o Magnetismo nos dão a chave de uma imensidade de fenômenos sobre os quais a ignorância teceu diversas fábulas, em que os fatos se apresentam exagerados pela imaginação”.

E Léon Denis, na obra “Depois da Morte”, arremata:

“Os fenômenos magnéticos tornam evidentes não só a existência da Alma, mas também a sua imortalidade”.

Que Jesus nos ilumine hoje e sempre!

Referências bibliográficas:

- O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
- Depois da Morte - Léon Denis

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