A água fluidificada
(cujo o termo mais apropriado e usado por Kardec é água
magnetizada, uma vez que a água em estado líquido, já está num
estado fluídico), é bastante popular nas reuniões públicas em
muitos Centros Espíritas.
Mas será que todo
mundo precisa tomá-la?
Para responder essa
pergunta, precisamos saber quando esse recurso passou a ser adotado,
quem o adotou e porquê foi adotado.
Ao estudarmos as
obras de Kardec, temos a informação que os passes magnéticos não
foram inventados pelo Espiritismo e que Kardec era adepto do
Magnetismo Animal de Mesmer.
Na obra Instrução
Prática sobre Magnetismo Animal de Deleuze (recomendada por Kardec
no Catálogo Racional, na seção de livros sobre Magnetismo),
encontramos as seguintes recomendações para o uso da água
magnetizada:
“A água
magnetizada é o melhor remédio nas convalescenças,
dá força, restabelece o estômago, facilita a digestão e faz
evacuar, seja pela urina ou pela transpiração, tudo o que impedia o
inteiro restabelecimento do enfermo”.
E ainda tem mais:
“Quando o
magnetizador não pode visitar seu enfermo senão duas ou três vezes
por semana, a água magnetizada supre a ação direta. Convém seguir
usando-a algum tempo depois de terminado o tratamento”.
Ao estudarmos o
Magnetismo, sabemos que na maioria das vezes, o tratamento magnético
pode necessitar de diversas sessões, dependendo do estado em que se
encontra o assistido, ou seja, quanto mais debilitado ele estiver,
mais energias precisará receber até se recuperar.
Para acelerar o
processo de recuperação, os mesmeritas passaram a adotar a água
magnetizada (conforme nós vimos nas recomendações de Deleuze)
quando não podiam ir todos os dias na casa dos seus assistidos para
aplicar-lhes os passes magnéticos.
Esse procedimento é
semelhante ao fazermos um tratamento médico, pois dependendo do grau
da nossa enfermidade, além de tomarmos as medicações no pronto
socorro e/ou no hospital, precisamos continuar o tratamento
medicamentoso em casa.
Precisamos entender
que a prescrição do uso da água magnetizada não era feita de
forma leviana, ou seja, ela era usada para casos específicos.
Sabendo disso,
podemos entender que nem todas as pessoas que tomam passe, precisam
tomar a água magnetizada no Centro Espírita.
Se partirmos do
princípio que ao estar num Centro Espírita, estamos imersos numa
atmosfera energética positiva, não precisamos nem mesmo tomar o
famigerado “passe de limpeza”, uma vez que ao adentrarmos esse
local, as energias do ambiente irão fazer essa “limpeza” de
maneira automática através da repulsão fluídica e passamos a
absorver as energias do ambiente, conforme nos diz Kardec no capítulo
14 de A Gênese.
Quem precisa tomar passes e água magnetizada são as pessoas que mesmo com as energias do ambiente, não conseguem suprir as suas carências energéticas.
Quem precisa tomar passes e água magnetizada são as pessoas que mesmo com as energias do ambiente, não conseguem suprir as suas carências energéticas.
Portanto, o problema
não é o uso da água magnetizada, mas a sua finalidade, pois, em
primeiro lugar, a Doutrina Espírita é uma Ciência e precisamos
deixar os achismos de lado.
Muita paz à todos!
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