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Foto Kirlian: A fotografia da aura



Desde a descoberta da foto Kirlian, surgiram muitas especulações sobre a validade da técnica. Muitos dizem que se trata da foto da aura; outros, afirmam que o processo capta apenas uma emanação energética produzida pelo metabolismo do corpo (o campo bioelétrico). Mas, a grande dúvida que ainda permanece é se, além do registro físico, existe também a captação de energias mais sutis. 

Nossa intenção não é afirmar e nem negar que a kirliangrafia pode, de alguma forma, comprovar a existência do campo espiritual, mas, apresentarmos fatos e opiniões de estudiosos a respeito. Com a metodologia de análise científica atual ainda não é possível termos uma resposta conclusiva, o que por outro lado, significa descartarmos muitos pontos importantes sobre a existência do espírito que anima a matéria. Como ressalta Allan Kardec no primeiro capítulo de A Gênese: "As descobertas da ciência glorificam Deus, em lugar de o rebaixar, elas não destroem senão o que os homens edificaram sobre idéias falsas que eles fizeram de Deus".
Esse pensamento deixa evidente a importância dos fundamentos científicos, no entanto, nos leva à reflexão de que ciência, filosofia e religião precisam marchar juntas rumo ao progresso, complementando-se na compreensão dos fatos.
No caso da foto Kirlian, apesar do receio sobre as interpretações equivocadas, muitos avanços têm ocorrido na área. Em 1999, o Ministério da Saúde da Rússia reconheceu oficialmente a Kirliangrafia como um estudo científico, capaz de auxiliar médicos e psicólogos na identificação de problemas de saúde. A técnica foi incorporada também ao cronograma de disciplinas curriculares do curso de terapias naturais e holísticas de algumas universidades brasileiras. Além disso, as máquinas de hoje estão muito mais avançadas que os primeiros modelos.
Quanto à invenção da máquina Kirlian, existem divergências de dados. Até pouco tempo atrás, pensava-se que o processo havia sido descoberto acidentalmente pelo eletrotecno soviético Semyon Davidovich Kirlian, quando fazia reparos em um aparelho de eletroterapia e percebeu que objetos próximos ao gerador de alta freqüência produziam uma irradiação luminosa ao seu redor. A partir do ano 2000, o padre e físico brasileiro, Roberto Landell de Moura, foi reconhecido internacionalmente como o inventor da Máquina Bioeletrográfica (nomenclatura atual atribuída a Kirliangrafia), por ter sido o primeiro a realizar pesquisas científicas, em 1904, principalmente na área da saúde. Mas por motivos doutrinários na época, a Igreja Católica não permitiu que ele prosseguisse em suas pesquisas. Tempos depois, o russo Semyon Davidovich Kirlian reinventou o processo, em 1939, e acabou recebendo as glórias do experimento.
Com o passar dos anos o processo evoluiu, principalmente após 1995, com a descoberta do cientista Konstantin Korotkov, que fabricou uma máquina capaz de colocar a imagem diretamente na tela do computador através de um sistema óptico, sem a necessidade de filme fotográfico.

Kirliangrafia e saúde

O professor de física e vice-presidente da UIMBA (União Internacional de Medicina e Bioeletrografia Aplicada), Newton Milhomens, relata que ao energizar a placa metálica da Máquina Kirlian com o dedo polegar, ocorrem dois tipos de descargas elétricas através dos poros digitais. "Conforme seja a composição química desses gases e vapores exalados e ionizados por essas descargas elétricas, surgem as diversas cores e estruturas nas fotos Kirlian", explica. Ele afirma que a Kirlian não é foto da aura nem de corpos sutis, pois diz ser esse termo religioso e prefere acreditar em evidências científicas. Mas acrescenta que o aparelho consegue registrar os gases ou vapores produzidos pelo metabolismo celular. Isso ocorre porque conforme a composição química desses gases que são exalados pelo corpo, registram-se diversas cores e estruturas geométricas, tornando possível verificar o estado de saúde orgânica e psíquica da pessoa. O efeito Kirlian consegue fotografar a ionização dos gases emitidos pelos poros da pele. A escolha do dedo indicador como processo de leitura na foto, de acordo com o físico, baseia-se nos fundamentos da acupuntura chinesa e da reflexologia, que utilizam os dedos dos pés e das mãos como indicadores dos órgãos humanos. As cores e estruturas que aparecem permitem ao profissional capacitado interpretar os possíveis problemas de saúde. 

FONTE DE PESQUISA: Revista Cristã de Espiritismo, edição 39. 

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